terça-feira, 30 de junho de 2020

Frases

"Não façamos do amor algo desonesto."

"A escuridão ainda é pior que esta luz cinza."

"O mal do século é a solidão, cada um de nós imerso em sua própria arrogância esperando por um pouco de afeição."

"Palavras mordazes que machucam tanto, não levam a nada, como sempre."

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Conselhos

Tudo está escrito nos ruídos. O passado, o presente e o futuro do homem. Um homem que não sabe ouvir, não pode escutar os conselhos que a vida nos dá a cada instante. Só quem escuta o ruído do presente, pode tomar a decisão certa.

Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras.

Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação.

Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos.

Cuidado com seus hábitos: eles moldam seu caráter.

Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.

Por que parar?

Desde jovem, o pintor Henri Matisse costumava visitar semanalmente o grande Renoir em seu atelier. Quando Renoir foi atacado por artrite, Matisse passou a fazer visitas diárias, levando alimentos, pincéis, tintas, mas sempre procurando convencer o mestre de que estava trabalhando demais, e precisava descansar um pouco.

Certo dia, notando que cada pincelada fazia com que Renoir gemesse de dor, Matisse não se conteve:

- Grande mestre, sua obra já é vasta e importante. Por que continuar torturando-se desta maneira?
- Muito simples - Renoir respondeu. - A beleza permanece; a dor termina passando.

sábado, 27 de junho de 2020

A verdadeira importância

Jean passeava com seu avô por uma praça de Paris. A determinada altura viu um sapateiro sendo destratado por um cliente, cujo calçado apresentava um defeito. O sapateiro escutou calmamente a reclamação, pediu desculpas, e prometeu corrigir o erro.

Pararam para tomar um café num bistrô. Na mesa ao lado, o garçom pediu a um homem que movesse um pouco a cadeira, para abrir espaço. O homem irrompeu numa torrente de reclamações, e negou-se.

“Nunca esqueça o que viu”, disse o avô para Jean. “O sapateiro aceitou uma reclamação, enquanto este homem a nosso lado não quis mover-se. Os homens úteis, que fazem algo útil, não se incomodam de serem tratados como inúteis. Mas os inúteis sempre se julgam importantes, e escondem toda a sua incompetência atrás da autoridade.

Gandhi e as compras

Mahatma Gandhi, depois de ter conseguido a independência da Índia, fez uma visita à Inglaterra. Passeava com algumas pessoas pelas ruas de Londres, quando sua atenção foi atraída para a vitrine de uma famosa joalheria.

E ali ficou Gandhi, olhando as pedras preciosas e as joias ricamente trabalhadas.

O dono da joalheira imediatamente o reconheceu, e foi até a rua, saudá-lo: “muito me honra que o Mahatma esteja aqui, contemplando o nosso trabalho. Temos muitas coisas de imenso valor, beleza, arte, e gostaríamos de oferecer-lhe algo”.

“Sim, estou admirado com tanta maravilha”, respondeu Gandhi. “E mais ainda surpreso comigo, pois sabendo que podia ganhar um rico presente, ainda consigo viver e ser respeitado sem precisar usar joias”.

Aproveite as oportunidades

Na antiga Roma, um grupo de feiticeiras conhecidas como Sibilas escreveu nove livros contando o futuro de Roma. Levaram os nove livros para Tibério.

“Quanto custa?”, perguntou o imperador de Roma.

“Cem moedas de ouro”, responderam as Sibilas.

Indignado, Tibério expulsou-as. As Sibilas queimaram três livros e voltaram.

“Continuam custando cem moedas”, disseram.

Tibério riu e não aceitou pagar por seis livros o mesmo que pagaria por nove?

As Sibilas queimaram mais três livros e voltaram com os três restantes.

“Continuam custando cem moedas de ouro”, disseram.

Tibério, mordido pela curiosidade, terminou por pagar, mas só conseguiu ler parte do futuro de seu império.

Conclusão: faz parte da arte de viver não barganhar com a oportunidade.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

O homem de cabeça de papelão

No País que chamavam de Sol, apesar de chover, às vezes, semanas inteiras, vivia um homem de nome Antenor. Não era príncipe. Nem deputado. Nem rico. Nem jornalista. Absolutamente sem importância social.

O País do Sol, como em geral todos os países lendários, era o mais comum, o menos surpreendente em idéias e práticas. Os habitantes afluíam todos para a capital, composta de praças, ruas, jardins e avenidas, e tomavam todos os lugares e todas as possibilidades da vida dos que, por desventura, eram da capital. De modo que estes eram mendigos e parasitas, únicos meios de vida sem concorrência, isso mesmo com muitas restrições quanto ao parasitismo. Os prédios da capital, no centro elevavam aos ares alguns andares e a fortuna dos proprietários, nos subúrbios não passavam de um andar sem que por isso não enriquecessem os proprietários também. Havia milhares de automóveis à disparada pelas artérias matando gente para matar o tempo, cabarets fatigados, jornais, tramways, partidos nacionalistas, ausência de conservadores, a Bolsa, o Governo, a Moda, e um aborrecimento integral. Enfim tudo quanto a cidade de fantasia pode almejar para ser igual a uma grande cidade com pretensões da América. E o povo que a habitava julgava-se, além de inteligente, possuidor de imenso bom senso. Bom senso! Se não fosse a capital do País do Sol, a cidade seria a capital do Bom Senso!

Precisamente por isso, Antenor, apesar de não ter importância alguma, era exceção mal vista. Esse rapaz, filho de boa família (tão boa que até tinha sentimentos), agira sempre em desacordo com a norma dos seus concidadãos.

Desde menino, a sua respeitável progenitora descobriu-lhe um defeito horrível: Antenor só dizia a verdade. Não a sua verdade, a verdade útil, mas a verdade verdadeira. Alarmada, a digna senhora pensou em tomar providências. Foi-lhe impossível. Antenor era diverso no modo de comer, na maneira de vestir, no jeito de andar, na expressão com que se dirigia aos outros. Enquanto usara calções, os amigos da família consideravam-no um enfant terrible, porque no País do Sol todos falavam francês com convicção, mesmo falando mal. Rapaz, entretanto, Antenor tornou-se alarmante. Entre outras coisas, Antenor pensava livremente por conta própria. Assim, a família via chegar Antenor como a própria revolução; os mestres indignavam-se porque ele aprendia ao contrario do que ensinavam; os amigos odiavam-no; os transeuntes, vendo-o passar, sorriam.

Uma só coisa descobriu a mãe de Antenor para não ser forçada a mandá-lo embora: Antenor nada do que fazia, fazia por mal. Ao contrário. Era escandalosamente, incompreensivelmente bom. Aliás, só para ela, para os olhos maternos. Porque quando Antenor resolveu arranjar trabalho para os mendigos e corria a bengala os parasitas na rua, ficou provado que Antenor era apenas doido furioso. Não só para as vítimas da sua bondade como para a esclarecida inteligência dos delegados de polícia a quem teve de explicar a sua caridade.

Com o fim de convencer Antenor de que devia seguir os tramitas legais de um jovem solar, isto é: ser bacharel e depois empregado público nacionalista, deixando à atividade da canalha estrangeira o resto, os interesses congregados da família em nome dos princípios organizaram vários meetings como aqueles que se fazem na inexistente democracia americana para provar que a chave abre portas e a faca serve para cortar o que é nosso para nós e o que é dos outros também para nós. Antenor, diante da evidência, negou-se.

— Ouça! bradava o tio. Bacharel é o princípio de tudo. Não estude. Pouco importa! Mas seja bacharel! Bacharel você tem tudo nas mãos. Ao lado de um político-chefe, sabendo lisonjear, é a ascensão: deputado, ministro.

— Mas não quero ser nada disso.

— Então quer ser vagabundo?

— Quero trabalhar.

— Vem dar na mesma coisa. Vagabundo é um sujeito a quem faltam três coisas: dinheiro, prestígio e posição. Desde que você não as tem, mesmo trabalhando — é vagabundo.

— Eu não acho.

— É pior. É um tipo sem bom senso. É bolchevique. Depois, trabalhar para os outros é uma ilusão. Você está inteiramente doido.

Antenor foi trabalhar, entretanto. E teve uma grande dificuldade para trabalhar. Pode-se dizer que a originalidade da sua vida era trabalhar para trabalhar. Acedendo ao pedido da respeitável senhora que era mãe de Antenor, Antenor passeou a sua má cabeça por várias casas de comércio, várias empresas industriais. Ao cabo de um ano, dois meses, estava na rua. Por que mandavam embora Antenor? Ele não tinha exigências, era honesto como a água, trabalhador, sincero, verdadeiro, cheio de idéias. Até alegre — qualidade raríssima no país onde o sol, a cerveja e a inveja faziam batalhões de biliosos tristes. Mas companheiros e patrões prevenidos, se a princípio declinavam hostilidades, dentro em pouco não o aturavam. Quando um companheiro não atura o outro, intriga-o. Quando um patrão não atura o empregado, despede-o. É a norma do País do Sol. Com Antenor depois de despedido, companheiros e patrões ainda por cima tomavam-lhe birra. Por que? É tão difícil saber a verdadeira razão por que um homem não suporta outro homem!

Um dos seus ex-companheiros explicou certa vez:

— É doido. Tem a mania de fazer mais que os outros. Estraga a norma do serviço e acaba não sendo tolerado. Mau companheiro. E depois com ares…

O patrão do último estabelecimento de que saíra o rapaz respondeu à mãe de Antenor:

— A perigosa mania de seu filho é por em prática idéias que julga próprias.

— Prejudicou-lhe, Sr. Praxedes?

Não. Mas podia prejudicar. Sempre altera o bom senso. Depois, mesmo que seu filho fosse águia, quem manda na minha casa sou eu.

No País do Sol o comércio ë uma maçonaria. Antenor, com fama de perigoso, insuportável, desobediente, não pôde em breve obter emprego algum. Os patrões que mais tinham lucrado com as suas idéias eram os que mais falavam. Os companheiros que mais o haviam aproveitado tinham-lhe raiva. E se Antenor sentia a triste experiência do erro econômico no trabalho sem a norma, a praxe, no convívio social compreendia o desastre da verdade. Não o toleravam. Era-lhe impossível ter amigos, por muito tempo, porque esses só o eram enquanto. não o tinham explorado.

Antenor ria. Antenor tinha saúde. Todas aquelas desditas eram para ele brincadeira. Estava convencido de estar com a razão, de vencer. Mas, a razão sua, sem interesse chocava-se à razão dos outros ou com interesses ou presa à sugestão dos alheios. Ele via os erros, as hipocrisias, as vaidades, e dizia o que via. Ele ia fazer o bem, mas mostrava o que ia fazer. Como tolerar tal miserável? Antenor tentou tudo, juvenilmente, na cidade. A digníssima sua progenitora desculpava-o ainda.

— É doido, mas bom.

Os parentes, porém, não o cumprimentavam mais. Antenor exercera o comércio, a indústria, o professorado, o proletariado. Ensinara geografia num colégio, de onde foi expulso pelo diretor; estivera numa fábrica de tecidos, forçado a retirar-se pelos operários e pelos patrões; oscilara entre revisor de jornal e condutor de bonde. Em todas as profissões vira os círculos estreitos das classes, a defesa hostil dos outros homens, o ódio com que o repeliam, porque ele pensava, sentia, dizia outra coisa diversa.

— Mas, Deus, eu sou honesto, bom, inteligente, incapaz de fazer mal…

— É da tua má cabeça, meu filho.

— Qual?

— A tua cabeça não regula.

— Quem sabe?

Antenor começava a pensar na sua má cabeça, quando o seu coração apaixonou-se. Era uma rapariga chamada Maria Antônia, filha da nova lavadeira de sua mãe. Antenor achava perfeitamente justo casar com a Maria Antônia. Todos viram nisso mais uma prova do desarranjo cerebral de Antenor. Apenas, com pasmo geral, a resposta de Maria Antônia foi condicional.

— Só caso se o senhor tomar juízo.

— Mas que chama você juízo?

— Ser como os mais.

— Então você gosta de mim?

— E por isso é que só caso depois.

Como tomar juízo? Como regular a cabeça? O amor leva aos maiores desatinos. Antenor pensava em arranjar a má cabeça, estava convencido.

Nessas disposições, Antenor caminhava por uma rua no centro da cidade, quando os seus olhos descobriram a tabuleta de uma “relojoaria e outros maquinismos delicados de precisão”. Achou graça e entrou. Um cavalheiro grave veio servi-lo.

— Traz algum relógio?

— Trago a minha cabeça.

— Ah! Desarranjada?

— Dizem-no, pelo menos.

— Em todo o caso, há tempo?

— Desde que nasci.

— Talvez imprevisão na montagem das peças. Não lhe posso dizer nada sem observação de trinta dias e a desmontagem geral. As cabeças como os relógios para regular bem…

Antenor atalhou:

— E o senhor fica com a minha cabeça?

— Se a deixar.

— Pois aqui a tem. Conserte-a. O diabo é que eu não posso andar sem cabeça…

— Claro. Mas, enquanto a arranjo, empresto-lhe uma de papelão.

— Regula?

— É de papelão! explicou o honesto negociante. Antenor recebeu o número de sua cabeça, enfiou a de papelão, e saiu para a rua.

Dois meses depois, Antenor tinha uma porção de amigos, jogava o pôquer com o Ministro da Agricultura, ganhava uma pequena fortuna vendendo feijão bichado para os exércitos aliados. A respeitável mãe de Antenor via-o mentir, fazer mal, trapacear e ostentar tudo o que não era. Os parentes, porem, estimavam-no, e os companheiros tinham garbo em recordar o tempo em que Antenor era maluco.

Antenor não pensava. Antenor agia como os outros. Queria ganhar. Explorava, adulava, falsificava. Maria Antônia tremia de contentamento vendo Antenor com juízo. Mas Antenor, logicamente, desprezou-a propondo um concubinato que o não desmoralizasse a ele. Outras Marias ricas, de posição, eram de opinião da primeira Maria. Ele só tinha de escolher. No centro operário, a sua fama crescia, querido dos patrões burgueses e dos operários irmãos dos spartakistas da Alemanha. Foi eleito deputado por todos, e, especialmente, pelo presidente da República — a quem atacou logo, pois para a futura eleição o presidente seria outro. A sua ascensão só podia ser comparada à dos balões. Antenor esquecia o passado, amava a sua terra. Era o modelo da felicidade. Regulava admiravelmente.

Passaram-se assim anos. Todos os chefes políticos do País do Sol estavam na dificuldade de concordar no nome do novo senador, que fosse o expoente da norma, do bom senso. O nome de Antenor era cotado. Então Antenor passeava de automóvel pelas ruas centrais, para tomar pulso à opinião, quando os seus olhos deram na tabuleta do relojoeiro e lhe veio a memória.

— Bolas! E eu que esqueci! A minha cabeça está ali há tempo… Que acharia o relojoeiro? É capaz de tê-la vendido para o interior. Não posso ficar toda vida com uma cabeça de papelão!

Saltou. Entrou na casa do negociante. Era o mesmo que o servira.

— Há tempos deixei aqui uma cabeça.

— Não precisa dizer mais. Espero-o ansioso e admirado da sua ausência, desde que ia desmontar a sua cabeça.

— Ah! fez Antenor.

— Tem-se dado bem com a de papelão? — Assim…

— As cabeças de papelão não são más de todo. Fabricações por séries. Vendem-se muito.

— Mas a minha cabeça?

— Vou buscá-la.

Foi ao interior e trouxe um embrulho com respeitoso cuidado.

— Consertou-a?

— Não.

— Então, desarranjo grande?

O homem recuou.

— Senhor, na minha longa vida profissional jamais encontrei um aparelho igual, como perfeição, como acabamento, como precisão. Nenhuma cabeça regulará no mundo melhor do que a sua. É a placa sensível do tempo, das idéias, é o equilíbrio de todas as vibrações. O senhor não tem uma cabeça qualquer. Tem uma cabeça de exposição, uma cabeça de gênio, hors-concours.

Antenor ia entregar a cabeça de papelão. Mas conteve-se.

— Faça o obséquio de embrulhá-la.

— Não a coloca?

— Não.

— V.EX. faz bem. Quem possui uma cabeça assim não a usa todos os dias. Fatalmente dá na vista.

Mas Antenor era prudente, respeitador da harmonia social.

— Diga-me cá. Mesmo parada em casa, sem corda, numa redoma, talvez prejudique.

— Qual! V.EX. terá a primeira cabeça.

Antenor ficou seco.

— Pode ser que V., profissionalmente, tenha razão. Mas, para mim, a verdade é a dos outros, que sempre a julgaram desarranjada e não regulando bem. Cabeças e relógios querem-se conforme o clima e a moral de cada terra. Fique V. com ela. Eu continuo com a de papelão.

E, em vez de viver no País do Sol um rapaz chamado Antenor, que não conseguia ser nada tendo a cabeça mais admirável — um dos elementos mais ilustres do País do Sol foi Antenor, que conseguiu tudo com uma cabeça de papelão.

João do Rio

O problema

Em um mosteiro havia o Grande Mestre e o Guardião, que dividiam a administração. Certo dia, o Guardião morreu e foi preciso substituí-lo. O Grande Mestre reuniu todos os discípulos para escolher quem teria a honra de trabalhar diretamente ao seu lado.

“Vou apresentar um problema”, disse o Grande Mestre. “E aquele que o resolver primeiro, será o novo Guardião do templo”.

Terminado o seu curtíssimo discurso, colocou um banquinho no centro da sala. Em cima estava um vaso de porcelana caríssimo, com uma rosa vermelha a enfeitá-lo. “Eis o problema”, disse o Grande Mestre.

Os discípulos contemplavam, perplexos, o que viam: os desenhos sofisticados e raros da porcelana, a frescura e a elegância da flor. O que representava aquilo? O que fazer? Qual seria o enigma?

Depois de alguns minutos, um dos discípulos levantou-se, olhou o mestre e os alunos a sua volta. Depois, caminhou resolutamente até o vaso, e atirou-o no chão, destruíndo-o.

“Você é o novo Guardião”, disse o Grande Mestre para o aluno. Assim que ele voltou ao seu lugar, explicou: “Eu fui bem claro: disse que vocês estavam diante de um problema. Não importa quão belo e fascinante seja, um problema tem que ser eliminado”.

“Um problema é um problema; pode ser um vaso de porcelana muito raro, um lindo amor que já não faz mais sentido, um caminho que precisa ser abandonado – mas que insistimos em percorrê-lo porque nos traz conforto”, disse. “Só existe uma maneira de lidar com um problema: atacando-o de frente”.

“Nessas horas, não se pode ter piedade, nem ser tentado pelo lado fascinante que qualquer conflito carrega consigo”.

Desconhecido.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Desafios

Os desafios da alma não são fáceis, mas o crescimento que advém da aceitação desses desafios é sempre compensador.

Não aceite viver uma vida medíocre só porque é mais fácil.

O mundo, felizmente, será sempre cheio de desconhecidos: de alturas que nunca foram alcançadas; lugares que nunca foram vistos; idéias que nunca foram pensadas; criações que nunca foram criadas.

Não é preciso que sejam imensas alturas, nem fantásticas idéias, nem estupendas criações…

Basta que seja um pouco mais que seu limite de agora.

Não caia na tentação de aceitar limites confortáveis, onde procurará simplesmente viver do jeito que der e até quando puder.

Se você se esforçar em ampliar os seus limites, um pouco de cada vez, porém sempre mais, sempre expandindo, descobrirá a verdadeira finalidade da vida. E o prazer de vencer o maior dos desafios: superar a si mesmo.

Descubra o seu caminho, pois ninguém mais pode descobri-lo por você… E siga-o, pois só você pode trilhá-lo.

Respeite seus sonhos e idéias e, nunca, nunca desista deles, pois eles são a única coisa concreta num mundo de sombras em eterna mutação.

(texto de Rosana Zoelner)

Quase

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal

Tudo o que realmente vale a pena saber

Tudo o que hoje precisamos realmente saber sobre como viver, o que fazer e como ser, aprendemos no jardim de infância.
A sabedoria não se encontra no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.
Lembre-se de quando aprendeu as lições abaixo:
1. Compartilhe tudo;
2. Jogue dentro das regras;
3. Não bata nos outros;
4. Coloque as coisas de volta onde pegou;
5. Arrume sua bagunça;
6. Não pegue as coisas dos outros;
7. Peça desculpas quando machucar alguém; mas peça mesmo !!!
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
9. Dê descarga; (esse é importante)
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
11. Respeite o limite dos outros;
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... desenhe... pinte... cante... dance... brinque... trabalhe um pouco todos os dias;
13. Tire uma soneca a tarde; (isso é muito bom)
14. Quando sair, cuidado com os carros;
15. Dê a mão e fique junto;
16. Repare nas maravilhas da vida;
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.

Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e vai ver como ele é verdadeiro, claro e firme. Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. Ou se todos os governos tivessem como regra básica, devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair. Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.
O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver.
Robert Fulghum

Sapato Velho

Insistir em algo que nunca dá certo é como calçar um sapato que não serve mais.
Machuca, causa bolhas, as vezes até sangra.
Aí você percebe que o melhor a fazer é ficar descalço.
Deixar totalmente livre o coração, enquanto vive.
Deixar livre os pés, enquanto cresce.
Porque quando a gente vai crescendo o número muda.
E o que você insistia em por, já não lhe serve mais.
As vezes na vida, você tem que esquecer o que você quer, para começar a entender o que você merece...

Desconhecido.

terça-feira, 23 de junho de 2020

A menina que perdeu a boneca

“Franz Kafka, conta a história, certa vez encontrou uma menininha no parque onde ele caminhava diariamente. Ela estava chorando. Tinha perdido sua boneca e estava desolada. Kafka ofereceu ajuda para procurar pela boneca e combinou um encontro com a menina no dia seguinte no mesmo lugar. Incapaz de encontrar a boneca, ele escreveu uma carta como se fosse a boneca e leu para a garotinha quando se encontraram. “Por favor, não se lamente por mim, parti numa viagem para ver o mundo. Escreverei para você das minhas aventuras”. Esse foi o início de muitas cartas. Quando ele e a garotinha se encontravam ele lia essas cartas compostas cuidadosamente com as aventuras imaginadas da amada boneca. A garotinha se confortava. Quando os encontros chegaram ao fim, Kafka presenteou a menina com uma boneca. Ela era obviamente diferente da boneca original. Uma carta anexa explicava: “minhas viagens me transformaram…”. Muitos anos depois, a garota agora crescida encontrou uma carta enfiada numa abertura escondida da querida boneca substituta. Em resumo, dizia: “Tudo que você ama, você eventualmente perderá, mas, no fim, o amor retornará em uma forma diferente”.

Conto Israelita

Diz um conto Israelita que:
"Um jovem foi visitar um sábio conselheiro e contou-lhe sobre as dúvidas que tinha à respeito do AMOR.
O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa:
— Ame!
E logo se calou.
Disse o rapaz:
— Mas, ainda tenho as dúvidas...
— Ame, disse-lhe novamente o sábio!
E, diante do desconserto do jovem, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte:
— Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento!
Amar é dedicação e entrega; Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor!
O amor é um exercício de jardinagem! Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.
Esteja preparado porque haverão pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim.
Ame, ou seja, aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e compreenda.
Simplesmente Ame!!!
Sabes porquê?
Porque a inteligência, sem amor, te faz perverso;
A justiça, sem amor, te faz implacável;
A diplomacia, sem amor, te faz hipócrita;
O êxito, sem amor, te faz arrogante;
A riqueza, sem amor, te faz avarento;
A docilidade, sem amor te faz servil;
A pobreza, sem amor, te faz orgulhoso;
A beleza, sem amor, te faz ridículo;
A autoridade, sem amor, te faz tirano;
O trabalho, sem amor, te faz escravo;
A simplicidade, sem amor, te deprecia;
E A VIDA SEM AMOR, NÃO TEM SENTIDO.

FRASES

“A sorte resulta da combinação dos acontecimentos”
Marco Túlio Cícero

"O erro, caro Brutus, não está nas estrelas, mas em nós"
William Shakespeare

"Se alguém avançar confiante na direção de seus sonhos, e se esforçar para levar a vida que imaginou, experimentará um sucesso inesperado em momentos comuns"
Henry David Thoreau

segunda-feira, 22 de junho de 2020

A FLOR E A ESTRELA - CONTRIBUIÇÃO DE LUCIANA T. CARDOSO

Pouco importa a ansiedade do jardineiro.
No seu castelo verde,
Ela se prepara com esmero
Para surgir formosa,
vaidosa mulher.
Até que,
numa bela manhã de sol,
Silenciosa e ocultamente,
A prisão se abre e ela aparece.
-Só Deus a teria feito!
- Exclama o jardineiro,
E toda a natureza o aprova.
A nova habitante do jardim
Traz consigo a beleza do céu,
que é sempre nova.
Mas, à noite,
olhando o céu,
Suspira a caprichosa:
- Ah!
Se eu fosse uma estrela!
Por que nasci somente uma rosa?
E, enquanto se lamenta,
a noite passa,
O sol aparece...
a flor fenece.

Ainda são verdes o caule e as folhas.
Mas, da grande aparição,
nada mais resta
Que pétalas sem cor,
Um perfume perdido no ar,
Uma saudade que fica.

E assim a flor se vai,
Sem entender que as duas são belas:
Uma é luz,
outra, perfume;
Uma é frescor,
outra, lume;
As duas,
obras de Deus.
Uma é a estrela da terra,
Outra é a rosa do céu.

Menina-moça entende teu papel
Quase mulher,
botão a entreabrir-se,
Ao ver-te de pé na encruzilhada,
Olhos muito abertos para a estrada
Onde se conjuga o verbo decidir,
Que escolhas bem o teu caminho.
A mocidade é flor,
dura um instante
O que fizeres será como a estrela:
Um brilho eterno,
mesmo que distante.

Escolhas bem, menina-moça:
Flor na terra,
estrela no céu.
A flor enquanto vive dá perfume;
A estrela eternamente é lume.
Que a tua mocidade perfume o mundo.

Myrtes Mathias



Tenha um propósito

Você se lembra da história Alice no país das maravilhas? Lembra-se de quando ela chegou à encruzilhada e indagou ao gato que se encontrava ali perto que caminho devia seguir? O gato perguntou aonde ela queria ir. Alice respondeu que não sabia. O gato replicou que, sendo assim, qualquer caminho serve
Como Alice, a maioria de nós, às vezes, não sabe aonde quer ir.
Levantamos de manhã porque disseram que temos que trabalhar, temos que estudar.
Passamos o dia trabalhando, fazendo tudo que tem que ser feito, e no fim do dia, vamos pra casa, passamos algum tempo com a família, jantamos, nos acomodamos diante do televisor e deixamos a televisão insultar nossa inteligência, anestesiar nossas mentes curiosas, de modo que no dia seguinte, quando o despertador tocar, possamos estar suficientemente entorpecidos pra começar outro dia de rotina em que não buscaremos uma meta específica, um destino almejado, um propósito definido.
Em outras palavras, quase todos nós perambulamos sem rumo.
Somos organismos passivos, reagindo aos desafios da vida como o proverbial barco sem leme.
O barco encontrará um porto?
Nem mesmo um porto determinado, mas qualquer um?
Dificilmente, se isso acontecer será por acaso.
Chegar a ser trágico, mas a maioria de nós gasta mais tempo fazendo planos pra uma festa, uma viagem de férias, um passeio, do que planejando a própria vida, o próprio dia.
E aí, me responda, pra onde você está indo?
Eu sei que você tem muita coisa pra fazer, mas a pergunta é pra onde você está indo?
O que você vai fazer hoje tem haver com os passos em direção ao que você quer, o que você deseja, o que você sonha?
Você se vê em uma subida difícil, em algum degrau da vida, que parece desaparecer nas nuvens lá em cima?
É, algum dia você terá alguma coisa diferente.
Talvez tenha filhos.
Um dia eles vão pra escola, um dia vai surgir um emprego melhor, um dia seus filhos também vão crescer, vão ter a vida deles, vão se casar.
Um dia você terá mais liberdade pra viajar, um dia você vai se aposentar e naturalmente um dia, você vai morrer.
Mas e a vida, o que você vai fazer até lá?
Por que se importar se tanta gente vai bem sem propósito, sem metas?
Por que logo você ia ser diferente?
A reação é que você quer mais, quer dar um significado importante pra sua vida, que transcenda essas experiências objetivas e práticas da sustentação do vender almoço pra pagar a janta.
O que você faz além daquilo que tem que fazer pra dar um significado a sua própria vida?
Aí está o segredo pra uma vida importante, uma vida de significados.
O que você faz além daquilo que você deve fazer?
Pra onde você está indo?

Essa é a pergunta que você deve se fazer todos os dias ao acordar.
Faça isso.
Pra onde você vai?
Se você não sabe pra onde vai, qualquer caminho serve.
Você tem metas ou tem apenas desejos?
Desjos hojes se confundem com consumo, vá além do consumo

Daniel C. Luz

Síndrome de Procusto


Na mitologia grega, um gigante chamado Procusto convidava pessoas a passarem a noite em sua casa.
Na casa havia uma cama de ferro, mas havia uma armadilha nessa hospitalidade.
Procusto insistia que os visitantes coubessem com perfeição na cama.
Se eram muitos baixos, ele os esticava,
Se eram altos demais, ele cortava suas pernas.
Pois é, por mais artificial que isso possa parecer, será que não gastamos um bocado de energia emocional, intelectual, tentando alterar ou enquadrar outras pessoas de formas diversas, embora menos drásticas?
Esperamos com frequência que os outros vivam segundo nossos padrões ideais,
ajustando-os aos nossos conceitos de como eles devem ser, ou então assumimos a responsabilidade de torná-los felizes, bem ajustados, emocionalmente saudáveis.
A verdade é que grande parte dos atritos que existem nos relacionamentos acontecem quando tentamos impor nossa vontade aos outros.
Quando tentamos administrá-los e controlá-los.
De tempos em tempos, em graus variados, assumimos responsabilidades que não nos pertencem.
Tentamos dirigir as vidas das outras pessoas, com intenção de influenciar tudo,
desde a dieta, até a escolha de roupas, decisões financeiras, decisões profissionais, decisões relacionais.
Tomamos partido e ficamos excessivamente envolvidos, até encontramos ou criamos problemas onde não existem pra poder criticar e oferecer conselhos.
É preciso entender que ninguém muda até que deseje mudar, até que esteja disposto a mudar, e pronto para tomar as atitudes necessárias para efetuar qualquer mudança.
Por este motivo que o resultado de nosso Procustianismo é sempre o mesmo, estamos destinados a fracassar em nossos esforços para controlar ou modificar alguém.
Não importa o quanto sejam nobres nossas intenções,
estamos destinados a terminar num turbilhão, frustrados, ressentidos e cheios de alto piedade,
E o que dizer das pessoas que tentamos orientar?
Mostramos falta de respeito por seus direitos como indivíduos,
privando-as da oportunidade de aprender através de suas próprias escolhas, decisões e erros.
Em resumo, nosso relacionamento com aqueles com os quais declaramos nos preocupar profundamente, torna-se desarmonioso e forçado.
Permita que os outros vivam suas vidas enquanto você vive a sua.
Viva e deixe viver.
Como dizia José Saramago: tentar mudar a opinião do outro é um desrespeito.
E diz Napoleon Hill: se você for capaz de enxergar uma oportunidade tão rápido, quanto consegue ver os defeito dos outros, logo você terá sucesso.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Há tempo para tudo

Há um tempo para todo propósito embaixo dos céus.
Tudo sempre é uma questão de tempo
Se você está no fundo do poço, levado por circunstâncias esmagadoras,
Se você esta a beira do pânico, a coisa mais perigosa que você pode fazer, é tomar uma decisão, irreversível, negativa.
Continue acreditando que haverá uma virada.
Você conseguirá abrir caminhos, através dos desafios que está presentemente encarando.
Você abrirá caminhos através das derrotas que antepuseram obstáculos pra você.
Você emergirá do outro lado e dirá, foi tudo para melhor,
Você vai desenvolver uma boa musculatura enfrentando as coisas que parecem ser difíceis e intransponíveis.
A primeira pergunta que você se faz é quando vai acontecer a virada?
Quando vai virar esse jogo?
Pode acontecer hoje, amanhã, depois de amanhã.
Eu não sei quando e nem você pode saber, mas você pode continuar tentando e buscando essa virada.
A pergunta seguinte que você pode fazer é quanto tempo eu posso me manter firme nesta situação?
Você pode se manter firme muito mais tempo do que imagina, você pode resistir sim a muitas situações, resistir sem parar.
Nós raramente pensamos nas lições a serem aprendidas ou nos benefícios relacionados a recuperação prologada,
Nós gostamos de repormos rápido, mudanças instantâneas, nós preferimos relatos de milagre à longas estórias não sensacionalistas de recuperação lenta.
Mas gostemos ou não, na maioria dos casos, as palavras sábias de Hipócrates são verdadeiras: a cura é uma questão de tempo, e para o tempo, existe persistência, tentativas e tentativas na busca de nova soluções.
Pessoas que precisam de tempo pra se recuperarem ou reverterem uma situação, talvez meses, ou até anos, frequentemente se tornam recipientes de ressentimentos, e isto as enfraquecem, em vez de receberem palavras de afirmação e encorajamento para enfrentarem com vigor sua dor, permitindo tempo suficiente para melhorar, o sofredor acaba encontrando impaciência, conselhos indesejáveis, misturados com incompreensão e desrespeito, começam a fluir, e isso vai botando ele pra baixo.
Ninguém na face da terra gostaria mais de dar uma virada e retornar ao fluxo normal da vida, do que esses lutadores que quase estão sem combustível, sem energia, mas pra eles a terapia continua um prolongado e doloroso processo, não um milagre instantâneo.
Confie, e pode existir o milagre, mas continue tentando, forçando o milagre.
Todo psiquiatra dirá: vemos certos pacientes, mês após mês, ano após ano, um dia de repente, por nada especifico que possamos dizer que fizemos, a pele que diminuia e ficava cinza, tornou-se rosa, os olhos que estavam opacos como se estivessem dormindo, conseguiram um brilho, é um momento fenomenal pois a esperança é um fenômeno.
Nós não sabemos o que provoca o nascimento da esperança ou de onde ela virá, não achamos que ela venha de nós,
o que sabemos é o que acontece na pessoa.
Quando uma pessoa encontra a esperança há uma virada, uma total renovação.
Podemos encontrar nova esperança quando se percebe que o jogo de hoje é só o começo, o principio.
O que parece com o fim, nunca é.
Exceto se você decidir que é o fim.
Tudo passa, tudo vai passar, tudo muda, tudo vai mudar, nunca, nada permanece do mesmo jeito, nem as suas vitórias e nem suas desgraças e tragédias.

Nunca perca a chance de fazer uma boa pergunta.

Faça perguntas.
A única pergunta besta é a pergunta que você não faz.
Sócrates, notável filósofo, não se tornou importante por suas respostas, mas porque formulava perguntas, perguntas certeiras, diretas, profundas.
Por exemplo, experimente responder estas perguntas, veja como elas vão direto.
Se você soubesse que iria morrer hoje, sem oportunidade de se comunicar com quem quer que fosse, do que mais se arrependeria de não ter dito a alguém? E porque ainda não disse?
Você descobre que seu maravilhoso filhinho de um ano, devido a uma confusão feita pelo hospital, não é seu, você vai trocar a criança pra tentar corrigir o engano?
Sua casa com tudo que você possui esta pegando fogo, você consegue salvar o cachorro, gato, hamster, papagaio, filhos, e ainda tem um tempo pra entrar lá pela última vez e pegar alguma coisa, você entra pra pegar o quê?
Se você descobre que um bom amigo seu está com aids, você o evita? E se fosse seu irmão, sua irmã, seu pai, sua mãe?
As perguntas nos forçam a encarar uma questão sem chances de fugir.
E o interessante dessas perguntas, é que elas não começam com por que, mas a gente pode tentar com por que, pra ir direto ao cerne da questão, por exemplo, por que você existe?
De que vale a sua vida?
Por que você as vezes mente?
Por que você ainda está nessa profissão?
Por que você ainda trabalha nessa empresa?
Por que você continua ainda nesse casamento infeliz?
As perguntas também estimulam a criatividade, implícita ou explicitamente, a criatividade sempre começa com uma pergunta, e tanto na sua vida profissional ou pessoal, a qualidade de sua produtividade pode ser determinada pela qualidade de suas pergunta.
Pela maneira como você aborda as circunstâncias, os problemas, as necessidades e oportunidades, no seu ambiente de trabalho, uma pergunta é sempre uma abertura à criação, uma pergunta é sempre uma possibilidade de solução, uma pergunta é sempre uma questão indefinida, aberta.
Uma pergunta é o inicio de uma aventura.
Você pergunta o que quer e pode ouvir o que não quer, e as vezes a resposta é bem melhor do que você imaginava.
Uma pergunta também pode ser uma resposta disfarçada.
Uma pergunta é um ponto de partida.
Uma pergunta pode não ter fim, pode não ter início, ela pode ficar no ar.
Uma pergunta que é uma companheira.
Sem querer ser mais inconveniente com perguntas, vou deixar aqui algumas no ar, para você refletir?
Qual é a meta que você gostaria de atingir?
Que soluções você tentou até agora?
O que ocorreu com essas tentativas pra que elas não funcionassem?
Qual é o seu sentimento com relação a tentativa frustrada? Raiva, dor, medo, tristeza?
Qual é a sua atitude, também, a mesma situação? Desprezo, julgamento, crítica?
E agora, o que você precisa fazer?
Está disposto a mudar para tentar outra vez, de uma forma diferente?
Descubra novos caminhos, procurando sempre formular novas perguntas.
Perguntas provocativas, perguntas para si mesmo, porque sim? Porque não?
Evite o talvez, que sempre é provocador de um sentimento morno, no meio do caminho, e que não leva a nada.
Como diz um provérbio dinamarquês, é melhor perguntar duas vezes, do que se perder uma única vez.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Em algumas coisas é preciso acreditar para que sejam vistas


Algumas pessoas tem olhos mas não veem.
Você pisca 25 vezes por minuto, cada piscada leva aproximadamente 1/5 de segundo, portanto, se você faz uma viagem de automóvel de 100 km, você dirige alguns km de de olhos fechados.
Porém um fato muito mais surpreendente que este, é que muitas pessoas passam suas vidas de olhos fechados, elas olhas mas não enxergam realmente, não questionam, a visão é presente, mas a percepção é ausente.
Se a vida fosse uma pintura veriam as cores mas não a genialidade das pinceladas.
Se fosse uma viagem notariam a estrada, mas não a majestosa e tremenda paisagem.
Se fosse um poema leriam o que está escrito na página, mas perderiam a paixão do poeta.
Pessoas mais inteligentes podem as vezes estarem cegas a uma visão maior, especialmente se isso significa uma grande mudança no “status quo”.
Mark Twain teve dificuldades de discernir entre boas e más visões, apesar de sua inteligência, ele foi apanhado pela cegueira. Numa tarde Twain recebeu a visita de mais um homem em busca de investidores. O inventor carregava debaixo do braço uma engenhoca de aparência estranha, ansioso e com bastante convicção o homem explicou seu ao inventor ao escritor, que ouviu polidamente, mas ao final disse que teria que recusar, já havia se queimado muitas vezes.
Eu não estou pedindo que o senhor invista uma fortuna, o visitante alegou, pode ter a participação que desejar por quinhentos dólares, ainda assim Twain sacudiu a cabeça. Não estava disposto a se arriscar em uma invenção que não fazia nenhum sentido para ele. Quando o inventor resolveu ir embora com sua máquina, o escritor o chamou, como é mesmo o seu nome? Bell, o homem respondeu, com traço de melancolia na voz, Alexander Bell.
Pessoas sem perspicácia habitam principalmente no reino do óbvio, do esperado, do essencial.
As dimensões que as interessam são compridas e largas, mas não profundas.
Entenda que isso não é uma critica as pessoas que não conseguem se aprofundar, mas sim as que conseguem e não querem.
Portanto o desafio proposto a você é: abra seus olhos, pense, aplique, escave, escute.
Existe uma imensa diferença entre uma piscada necessária e a cegueira desnecessária.

Oportunidade sob seus pés

A história de Ali Hafed, um homem rico da antiga Pérsia que possuía esposa, filhos e muitas terras. Criava carneiros, camelos e plantava trigo.
Se um homem tem esposa, filhos, camelos, saúde e paz de Deus, dizia ele, esse homem é rico.
E ali Hafed continuou rico, até que certo dia um velho sacerdote veio vistá-lo e falou sobre algo que ele nunca tinha ouvido antes: Diamantes.
Diamantes cintilam como um milhão de sóis, na verdade diamantes são as coisas mais lindas que existem no mundo, e mais valiosas.
E aí, de repente, Hafed passou a sentir que o que tinha era pouco, e começou a ficar descontente com o que possuía, já não via mais tanto valor naquilo tudo, e perguntou ao sacerdote onde é que se encontrava diamantes.
O sacerdote respondeu: “Se encontrar um rio que corre por entre areias brancas, montanhas elevadas, nessas areias brancas sempre achará diamantes.”
Ali Hafed, não pensava em outra coisa desde então, até que tomou uma decisão, vendeu suas terras, confiou esposa e filhos aos cuidados de um parente vizinho e se lançou em sua jornada à procura de diamantes.
Viajou pela palestina, viajou ao longo do vale do rio Nilo, passou por muitos lugares, as colunas de Hércules na Espanha, ficou sumido e nunca mais deu notícias, e dizem que, sem recursos e sem condições de se comunicar com a família, foi se distanciando cada vez mais.
E um dia, dizem, num acesso de despero, profundamente deprimido, jogou-se ao mar e desapereceu, e ninguém mais ouviu falar de Ali Hafed.
Enquanto isso, o homem que comprara a propriedade de Ali Hafed, certo dia levou seu camelo para beber água no jardim e quando o animal colocou o nariz nas águas rasas, o fazendeiro avistou um brilho singular nas alvas areias do riacho. Abaixou-se e pegou uma pedra negra que tinha belos reflexos. Levou a pedra pra casa, colocou-a sobre a lareira e esqueceu-se dela.
Um dia passou novamente por lá o sacerdote, notou a pedra negra e viu um lampejo colorido brotrando de um ponto de onde saíra uma lasca e disse: um diamante! Onde você achou isso?
Encontrei nas frias areias de um riacho de água claras onde levo meu camelo e minhas cabras pra beber.
Então juntos, arrebanhando as túnicas, e correndo tão depressa quanto permitiam as sandálias, dispararam em direção ao riacho.
Começaram a cavar e acharam mais diamantes.
Pois é, esse achado se transformou na mina de diamantes Golgonda, a maior mina de diamantes do mundo.
A mina de Golgonda é de onde saíram os diamantes que fazem parte da coroa da Inglaterra e da coroa da Russia.
E a lição é clara, os diamantes lá estavam, o tempo todo, no quintal de Ali Hafed, só que ele não os vira, e gastou todo seu dinheiro e sua vida em uma busca inútil longe dali.
A mensagem fica clara, seja qual for a situação que você se encontra, há diamantes esperando pra serem encontrados, e é muito provável que eles não estão tão longe quanto você pensa.
Provavelmente os grandes diamantes da sua vida, sua grande riqueza, esteja aí bem perto de você, debaixo do seu nariz, basta você percebê-los.


quarta-feira, 17 de junho de 2020

Você sabe falar?

Você sabe falar?
Você é capaz de subir em um palanque e fazer um discurso?
Mas não é sobre isso que estou falando.
Na sua vida diária você fala conscientemente?
Tem sempre em mente o fato de que qualquer coisa que você diga tem o poder de afetar positiva ou negativamente, todas as pessoas que estão ouvindo?
Um monge caminhava no jardim do mosteiro durante um período de meditação, encontrou um outro monge que estava fumando e caminhava vagarosamente pelo pátio. Você obteve permissão pra fumar durante a meditação? Perguntou o primeiro monge.
Sim obtive.
Mas eu perguntei se podia fumar durante a meditação e não me permitiram.
Você não se expressou adequadamente disse o outro.
Você perguntou se podia fumar durante a meditação, eu perguntei se poderia meditar enquanto fumasse.
A maneira como você diz as coisas é tão importante quanto o que diz, as vezes até mais importante.
Pessoas que se orgulham de serem inteiramente francas, de sempre dizerem exatamente o que pensam, descobrem, mais cedo ou mais tarde, que isso prejudica os relacionamentos, há ocasiões para uma atitude franca, sem rodeios, quando a verdade pura tem que ser expressa, de modo geral, no entanto, o bom relacionamento com outras pessoas requer uma atitude mais cuidadosa, todo cuidado é pouco quando você começa a falar, pare e pense por um momento na importância das palavras.
A verdade é que a palavra é muito mais que um símbolo, é uma espécie de ímã, carregada como uma pilha pela energia da idéia expressa por ela.
Além disso o uso continuado de qualquer palavra por um tempo, acaba carregando todas as palavras com vestígios de erro, de negação, de poder destrutivo e também de justiça, de beleza, de poder para criar, para dar força, para dar vida.
Reflita, nós sabemos que, não raras vezes, uma simples palavra de apoio é suficiente para renovar as energias de álguem que se sinta desanimado.
Palavras sempre chegam carregadas de energia, e é por isso que são tão perigosas.
A energia das palvras é poderosa, mas pode ser negativa ou positiva, esta idéia é importante na vida diária, porque é você quem usa as palavras na sua vida diária, para comunicar as idéias.
Palavras como faca de dois gumes, porém sem cabo, depende ao mesmo tempo do que você diz e o que quer dizer.
Por sorte, sendo você o primeiro a falar, você ainda conserva o poder de dar o tom da conversa.
De qualquer modo e em qualquer caso, para dizer, seja lá o que for, há uma regra que não falha nunca, pense muito antes de falar.
Há uma outra regra: nunca deixe de dizer alguma coisa que, na sua opinião, possa fazer muita diferença.
Não sei da sua crença, mas tomara que todas as suas palavras sejam graciosas e eternas, anunciadas em alto e bom som, e dependendo da palavra você poderá ter de engoli-la também.
Não há prazer maior que a sensação de dizer ao fim do dia: tive um bom dia, vivi, pensei e falei, com a firme intenção de fazer o bem.
Uma língua afiada é a única ferramenta que se amola durante o uso.

CRESCIMENTO É MUDANÇA

Não são muitas as pessoas que já leram o próprio obituário. Alfred Nobel leu. Nobel estava doente já há algum tempo e alguém anunciou falsamente que ele tinha morrido.
Imagine sua surpresa quando abriu o jornal de manhã e viu sua morte noticiada!
Ao ler os curtos parágrafos que resumiam sua vida e obra, ficou incomodado ao ver que era mencionado apenas como o homem que inventara a dinamite. A nota descrevia toda a destruição que a invenção causara. Nobel deplorou a ideia de ser lembrado como criador de algo que fora usado para destruir tantas vidas.
Depois de ler o seu obituário, Nobel decidiu mudar sua vida. Dedicou sua vida a um novo ideal: a busca da paz.
Hoje, lembramos de Alfred Nobel, não como o inventor da dinamite, mas como o fundador do Prêmio Nobel da Paz.
A historia de Nobel ilustra uma verdade importante, nunca é tarde demais para mudar o rumo de sua vida.
Se não mudamos não crescemos, se não crescemos não estamos realmente vivendo. Crescimento exige uma perda temporária de segurança, isso pode significar o abandono de um padrão familiar e limitador, de um emprego seguro mas não gratificante, de valores em que não se crê mais, de relacionamentos que perderam seu significado.
Como Dostoiévski afirmou: dar um novo passo e divulgar algo totalmente novo são coisas que as pessoas boas temem, a maioria das pessoas lutam contra as mudanças, especialmente se elas nos afetam pessoalmente.
O romancista Leon Tolstói escreveu: todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.
A ironia é que a mudança é inevitável, todos tem que lidar com ela, por outro lado o crescimento é opcional, você pode optar por crescer ou lutar contra isso, mas saiba de uma coisa, pessoas que não querem crescer, nunca alcançaram seu potencial.
Quanto você mudou ultimamente, digamos na última semana, ou no último mês, último ano, como foi?
Você consegue ser especifico, consegue pensar objetivamente, e dar essas respostas? Sabemos que a tendência das pessoas é continuar na rotina quando o assunto é crescer e mudar.
Crescimento é uma escolha, uma decisão que realmente pode fazer diferença na vida de uma pessoa. A maioria não percebe que as pessoas bem ou mal sucedidas não diferem substancialmente suas habilidades, elas são diferentes no desejo de alcançar seu potencial, e nada mais eficiente que o compromisso com o crescimento pessoal quando o assunto é alcançar seu potencial.
O que será dito em seu in memória, o que estará escrito no seu obituário? Nobel leu seu próprio obituário e mudou, você pode começar a concretizar algumas mudanças agora mesmo.
E aí, o que é que você vai fazer hoje pra mudar?
Pra isso você ganhou o dia de hoje,
. Pra isso você tem o tempo de hoje pra dar significado, e aí o que vai fazer?
Daniel C. Luz

terça-feira, 16 de junho de 2020

Renato Russo atuando

A história do leal Cão Bobby

Em 1864, em Edinburgh, Escócia, vivia um velho homem chamado Jock. Durante toda vida tinha sido um fiel pastor de ovelhas, enfrentando bravamente perigos e intempéries para defender o rebanho. Com quase setenta anos, ainda conservava o coração e a habilidade de um pastor, mas não a saúde necessária. Suas pernas já não podiam escalar as pedras para resgatar uma ovelha ou para espantar um predador. E embora a família para quem trabalhava gostasse muito dele, as finanças iam mal e não podiam conservá-lo. Assim, mancando por fora e magoado por dentro, lá se foi ele de trem, deixando sua terra natal rumo a um novo lar na cidade.
Jock fazia um pouco de tudo e ganhou muitos amigos naquela cidade de mercadores. Eles gostavam do velho Jock pelo seu sorriso simpático, e por suas habilidades nos mais variados trabalhos. Mas, apesar de tantos amigos, sua família se constituía apenas dele e de um cachorrinho Fox Terrier que ele adotou com o nome de Bobby.
Jock e Bobby eram inseparáveis e estavam sempre juntos na rotina de passar pelas lojas em busca de serviços. Todos os dias eles começavam pelo restaurante local, onde recebiam o que comer em troca de serviços de Jock. Depois continuavam de porta em porta até que finalmente, à noite, os dois voltavam para um porão que lhes servia de morada.
Dizem que muitas pessoas pressentem quando o tempo de morrer está próximo. Foi assim com Jock. Já havia passado quase um ano desde que chegara à cidade. Agora era pleno verão e as colinas estavam em flor. Um dia, ao amanhecer, ao invés de levantar, o velho Jock puxou sua cama até perto da janelinha do quarto. E lá ficou olhando as montanhas distantes de sua amada Escócia.
“Bobby” - disse ele afagando o pêlo escuro e denso do cachorro, com a mão que agora só tinha a força do amor-, “é tempo de eu ir para casa. Eles não conseguirão me afastar de minha terra novamente. Sinto muito, camarada, mas você vai ter de se cuidar sozinho daqui por diante”.
Jock foi enterrado no dia seguinte em um lugar pouco comum para pobres. Por causa do lugar onde morreu e da necessidade de ser enterrado rapidamente, seus restos mortais foram colocados num dos cemitérios mais nobres de Edinburgh, o cemitério Greyfriar. Entre os grandes e mais nobres homens da Escócia, foi enterrado um homem comum e simples. Mas é aqui que nossa história começa.
Na manhã seguinte, o pequeno Bobby apareceu no mesmo restaurante que ele e Jock visitavam cada manhã. A seguir ele fez a ronda das lojas, como ele e Jock haviam sempre feito. Isto aconteceu dia após dia. Mas à noite o cachorrinho desaparecia e somente reaparecia no restaurante no dia seguinte.
Amigos do velho Jock se perguntavam onde o cachorro ia dormir, até que o mistério foi resolvido. Cada noite, Bobby não ia à procura de um lugar quente para dormir, nem mesmo de um abrigo para protegê-lo do frio e da chuva constantes da Escócia. Ele ia até o cemitério Greyfriar e tomava posição ao lado de seu dono.
O vigia do cemitério tocava o cachorro cada vez que o via. Afinal, existia uma ordem expressa, proibindo cachorros de entrarem em cemitérios. O homem tentou consertar a cerca e até pôs armadilhas para caçar o cachorro. Finalmente, com a ajuda do chefe de polícia, o pequeno Bobby foi capturado e preso por não ter uma licença. E uma vez que ninguém podia apresentar-se como legítimo dono daquele cachorro, parecia que Bobby seria morto.
Amigos do velho Jock e de Bobby que souberam do caso foram até a corte local a favor de Bobby. Finalmente, chegou o dia quando o caso deles iria ser apresentado à alta corte de Edinburgh.
Seria quase um milagre salvar a vida de Bobby, sem mencionar o tornar possível, para aquele cão fiel, poder ficar perto do túmulo de seu amigo. Mas foi exatamente o que aconteceu, como um ato sem precedentes na história da Escócia.
Antes que o juiz pudesse dar a sentença, uma horda de crianças entrou na sala de audiência. Moeda por moeda, aquelas crianças conseguiram a quantia necessária para a licença de Bobby.
O oficial da corte ficou tão impressionado pela afeição das crianças pelo animal que concedeu a ele um título especial, tornando-o propriedade da cidade, com uma coleira declarando este fato.
Bobby pôde então correr livremente, brincando com as crianças durante o dia. Mas cada noite, durante quatorze anos até que morreu em 1879, O cãozinho foi encontrado morto em cima da sepultura de seu velho amigo, Jock.
Aquele amigo leal manteve guarda silenciosa no cemitério de Greyfriar, bem ao lado de seu dono. Se algum dia você for para Edinburgh, poderá ver a estátua de Bobby naquele cemitério que ainda está lá, mais de 120 anos de sua morte.
Um ano após a morte de Bobby, a Baronesa Burdett Coutts mandou esculpir uma estátua e uma fonte para comemorar a vida de um cão devoto e a história de uma amizade que superou a morte. A estátua está a poucos passos do cemitério e atrás dela, há um pub que leva o nome do cãozinho em sua honra.

Vá em busca de si mesmo!

Entre o sono e o sonho, entre mim e o que em mim é o quem eu me suponho, corre um rio sem fim”. Fernando Pessoa, inspirado poeta, leitor sensível da alma humana, pode traduzir com sutileza o desafio de cada existência. Onde se dará nosso despertar de compreensão?
Vamos de crises em crises, aprendendo aos tropeços, sofrendo de ansiedade, estresse e cansaço. É preciso compreender que não é a crise que nos encontra, somos nós que a produzimos. Isso se dá porque não fluímos bem nos movimentos da mudança, nesse rio sem fim, que costumamos chamar de vida.
A mudança é o ritmo no qual o mundo caminha e só há um jeito de se dar bem com ela, aprendendo a mudar também. O maior paradoxo, a contradição mais coerente da mudança é que é preciso mudar para ser quem se é. É preciso deixar de ser quem não somos, de fazer o que não queremos e viver o que não gostamos. Se olharmos atentamente nossa realidade, vamos perceber que muitas coisas em nosso dia a dia se encaixam nessa definição que é contrária à nossa natureza.
É urgente nos armarmos de coragem e irmos a busca de nós mesmos. É prioritário definir o que vamos fazer com o tempo que nos foi dado. É fundamental acordarmos do sono ilusório da realidade para vivermos na prática o sonho que nos comove. A crise é apenas um sinal na estrada dizendo que é hora de rever o caminho. Vá em busca de si mesmo e não tenha medo dos desafios e das incertezas, pois as asas só aparecem quando o chão desaparece.
Dulce Magalhães

Apenas Sorria

Muitas pessoas conhecem “O Pequeno Príncipe”, um livro escrito por Antoine de Saint-Exupéry. É um livro fantástico e lendário, que funciona tanto como história infantil como fábula que leva os adultos à reflexão. Porém, poucos conhecem os outros escritos, novelas e contos de Saint-Exupéry.
Ele foi um piloto de guerra que lutou contra os nazistas e foi morto em combate. Antes da Segunda Guerra Mundial, lutou na guerra civil espanhola contra os fascistas. Escreveu uma história fascinante sobre essa experiência intitulada “O Sorriso”. É essa história que eu gostaria de compartilhar com vocês agora. Não de ficção. Prefiro acredi- tar na primeira hipótese. Segundo sua história, ele foi cap- turado pelo inimigo e lançado numa cela de prisão. Estava certo de que, pelos olhares desdenhosos e pelo tratamento rude que recebeu de seus carcereiros, seria executado no dia seguinte. A partir daqui, contarei a história conforme me lembro, com minhas próprias palavras.
“Eu tinha a certeza de que seria morto. Fiquei terrivelmente nervoso e perturbado. Remexi em meus bol- sos para ver se havia algum cigarro que tivesse escapado à sua revista. Encontrei um e, por causa de minhas mãos trêmulas, mal podia levá-lo aos lábios. Mas eu não tinha fósforos: estes eles haviam levado.
Olhei através das grades para meu carcereiro. Ele não respondeu ao meu olhar.
Afinal, não se estabelece contato visual com uma coisa, um cadáver. Eu gritei para ele: ‘Tem fogo, por favor?”. Ele olhou para mim, encolheu os ombros e veio até onde eu estava para acender meu cigarro. Ao se aproximar e acender o fósforo, seus olhos inadvertidamente se cruzaram com os meus.
Naquele momento eu sorri. Naquele instante foi como se uma faísca saltasse no espaço entre nossos dois corações, nossas duas almas. Sei que ele não queria, mas meu sorriso saltou por entre as grades e gerou um sorriso em seus lábios também. Ele acendeu meu cigarro, mas permane- ceu perto, olhando-me diretamente nos olhos e continuando a sorrir.
Continuei sorrindo para ele, agora consciente da pessoa e não apenas do carcereiro. E seu olhar para mim também parecia ter uma nova dimensão! —Você tem filhos? – ele perguntou.
—Sim, aqui, aqui. Tirei minha carteira e procurei nervosamente as fotografias de minha família. Ele também puxou as fotos de seus “niños” e começou a falar sobre seus planos para eles. Meus olhos se encheram de lágrimas. Eu disse que temia nunca mais ver minha família novamente, nunca ter a chance de vê-los crescer. Lágrimas também afloraram em seus olhos.
De repente, sem qualquer outra palavra, ele destravou minha cela e silenciosamente me conduziu para fora. Uma vez fora da prisão, conduziu-me silenciosamente por estradas secundárias, para fora da cidade. Lá, nos limites da cidade, ele me libertou, e sem nenhuma outra palavra, voltou em direção à cidade. ‘Minha vida foi salva por um sorriso’.”
Sim, o sorriso a conexão verdadeira, espontânea e natural entre as pessoas.
Conto esta história porque apren- di com ela. Realmente acredito que, se nós nos reconhecêssemos como pessoas, desconsiderando nossos títulos, cargos, status, não teríamos inimigos. Não poderíamos ter ódio, inveja ou medo. A história de Saint-Exupéry fala daquele mo- mento mágico em que duas almas se reconhecem.
Um sorriso genuíno dirigido a outra pessoa diz um bocado de coi- sas. Diz: “Eu o aceito como você é, de maneira incondicional”. Quando você sorri para uma outra pessoa, ela se sente valiosa, importante e digna. Sente-se melhor em relação asimesma.Eoquecustaavocêé um simples sorriso, uma expressão de autêntica cordialidade.
Vamos, sorria!
Daniel de Carvalho Luz

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Confusão de sentimentos

Sentimentos de insatisfação, infelicidade, perda de esperança e assim por diante são relacionados a diversos fenômenos.
Se não adotar a perspectiva correta, é possível que tudo e qualquer coisa lhe cause frustração. Contudo, os fenômenos fazem parte da realidade, e você está sujeito às leis da existência.
Portanto, isso lhe deixa apenas uma opção: transformar sua própria atitude. Se produzires uma modificação na nossa perspectiva diante das coisas e acontecimentos, todos os fenômenos poderão passar a ser amigos ou fonte de felicidade, em vez de inimigos e fontes de frustração.
(texto do livro "O Livro da Sabedoria", de Dalai Lama)

Seja Sempre Você

Não espere um sorriso para ser gentil.
Não espere ser amado para amar.
Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de quem está do seu lado.
Não espere ficar de luto para reconhecer quem hoje é importante para você.
Não espere a queda para lembrar-se do conselho.
Não espere a enfermidade para reconhecer quão frágil é a vida.
Não espere ter dinheiro aos montes para então contribuir.
Não espere por pessoas perfeitas para então se apaixonar.
Não espere a mágoa para pedir perdão.
Não espere a separação para buscar a reconciliação.
Não espere elogios para acreditar em si mesmo.
Não espere a dor para acreditar em oração.
Não espere o dia de sua morte sem antes amar a vida!
Seja sempre você, autêntico e único!
Desconhecido

Considere Isto

"A história tem demonstrado que os mais notáveis vencedores normalmente encontraram obstáculos dolorosos antes de triunfarem. Venceram porque se negaram a serem desencorajados por suas derrotas". (B. C. Forbes)
Considere isso:
Woody Allen, ator, escritor, produtor e diretor premiado pela academia, quando estava na universidade, teve seu trabalho cinematográfico rejeitado; também foi reprovado em língua inglesa.
Leon Uris, autor de "Exodus", foi reprovado no colégio três vezes.
Em 1959, a Universal Pictures dispensou Clint Eastwood e Burt Reynolds na mesma reunião com as seguintes declarações. Para Burt Reynolds: "Você não tem talento". Para Clint Eastwood: "Você tem uma fratura no seu dente e o seu pomo de Adão é proeminente, além disso, você fala muito devagar". Como você sabe, Burt Reynolds e Clint Eastwood se tornaram grandes estrelas do cinema americano.
Em 1944, Emmeline Snively, diretor da agência de modelos "Livro Azul", disse para candidata Norma Jean Baker (Marilyn Monroe), "Você estará melhor se cursar secretariado, ou então, arranje um marido."
Liv Ullman, que foi indicada duas vezes para o Oscar, como melhor atriz, foi reprovada em um teste na escola de teatro na Noruega. Os juízes disseram que ela não tinha talento.
Em 1962, quatro nervosos músicos fizeram uma apresentação para os executivos da Decca Recording Company. Os executivos não ficaram impressionados. Enquanto reprovavam este grupo de rock chamado "Os Beatles", um dos executivos disse, "Nós não gostamos das suas músicas. Grupos de guitarristas estão fora da moda."
Quando Alexander Graham Bell inventou o telefone em 1876, ele não fez uma lista das possibilidades e o potencial de utilização. Após fazer a demonstração para o presidente americano Rutherford Hayes, ele ouviu o seguinte: "É uma espantosa invenção, mas quem poderá querer fazer uso dela?"
Thomas Edson foi provavelmente o maior inventor da história das descobertas. Produziu em toda a sua vida mais de 1 300 inventos. Quando inventou a lâmpada, tentou mais de 2 000 experiências antes de fazê-la funcionar. Um jovem repórter perguntou a ele como se sentia fracassando tantas vezes. Ele disse: "Eu nunca fracassei. Eu inventei a lâmpada. Isso aconteceu no passo de número 2 000 do processo."
Em 1940, um outro jovem inventor chamado Chester Carlson apresentou sua idéia para 20 empresas, incluindo uma das maiores empresas americanas. Eles rejeitaram-na. Em 1947, após sete longos anos de rejeições, ele finalmente conseguiu que uma pequena companhia, chamada Haloid, se interessasse por sua idéia. Ela comprou os direitos para industrializar o processo eletrostático para reproduzir cópias. A Haloid, mais tarde, veio a ser a Xerox Corporation, e ambos, ela e Carlson, ficaram muito ricos.
(...) Contudo, algo ficou por terminar nisso tudo. Quase todos os dias - com certeza todas as semanas - encontramos alguém que se instalou em seu próprio barco feito em casa, disposto a partir, com muita seriedade, numa viagem da vida cheia de ousadia, bastante amedrontadora.
Tal pessoa pode ser um amigo, seu cônjugue, um colega de trabalho, um vizinho, talvez um membro da família - seu próprio filho, ou irmão, irmã, pai - quem sabe? Um oceano de possibilidades convida com grande insistência mas, falando com franqueza: tudo parece muito ameaçador! Encoraje essa pessoa a prosseguir! Diga-lhe "sim". Grite entusiasticamente: "Você é alguém de valor... tenho muito orgulho de você!". Ouse dizer o que essa pessoa mais deseja ouvir: Vá em frente, prossiga!
"Para dobrar o índice de sucessos, triplique seu índice de fracassos."
(Wolf J. Rinke)

Cuidado

Cuidado com a mentira.
Tente exercitar a verdade hoje, e sempre. Diga o que lhe vem à alma, mostre a sua face verdadeira. Se tiver de sorrir, sorria; mas não o faça se isso não estiver em seu coração.
Expresse a verdade de todas as formas – nas roupas que você veste, nos gestos que você pratica.
E nunca permita que a mentira roube a sua energia.

Quem é você?

Quem você vê hoje no espelho é alguém agradável de se olhar?
Você gosta da pessoa na qual você se transformou através dos anos?
Responda sinceramente!
Você deve estar de bem com a sua evolução, ou mudar enquanto é tempo.
O que importa é a pessoa que evolui dentro de você; e, se você não se sente bem com a convivência com essa pessoa na qual se transformou, tome uma atitude, já!
Faça uma plástica na sua alma e verá sua imagem melhorar sensivelmente. Pode crer!

sábado, 13 de junho de 2020

A Dança/ Soneto XVII

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Pablo Neruda

Intertexto

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Bertolt Brecht

O Eterno Retorno

Nietzsche: Nós devemos morrer... Mas na hora certa. A morte só não é aterrorizante quando a vida já se consumou. Já consumou a sua vida?
Breuer: Eu já consegui muitas coisas.
Nietzsche: Mas aproveitou a vida? Ou deixou-se levar por ela? Você está fora da sua vida... sofrendo. Por uma vida que nunca foi vivida.
Breuer: Não posso mudar minha vida. Tenho minha família, meus pacientes e alunos. É tarde demais.
Nietzsche: Não posso lhe dizer como viver de outra forma, viveria segundo o plano de outra pessoa, mas talvez eu possa lhe dar um presente Josef. Eu poderia lhe dar um pensamento.
E se um demônio lhe dissesse que esta vida da forma como vive e viveu no passado você teria de vivê-la de novo. Porém inúmeras vezes mais e não haverá nada novo nela. Cada dor, cada alegria, cada coisa minúscula ou grandiosa retornaria para você mesmo. A mesma sucessão, a mesma sequência, várias e várias vezes como uma ampulheta do tempo. Imagine o infinito! Considere a possibilidade de que cada ato que você escolher Josef, você escolherá para sempre! Então toda vida não vivida permaneceria dentro de você! Não vivida... por toda a eternidade!
Gosta desta ideia...? Ou detesta...? Escolha!
Friedrich Nietzsche.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

And So It Goes - Canção de Billy Joel

E então vai
Em cada coração há uma casa
Um santuário seguro e forte
Para curar as feridas de amores do passado
Até um novo amor aparecer
Eu falei com você em tons baixos
Você me respondeu sem pretensão
E ainda sinto que falei demais
Meu silêncio é minha auto-defesa
E cada vez que colhia uma rosa
Parecia que só sentia os espinhos
E então vai, e então vai
E em breve você vai, suponho
Mas se o meu silêncio te fez ir embora
Esse teria sido o meu pior erro
Então compatilharei esse quarto com você
E você pode ter este coração para quebrar
E essa é a razão dos meus olhos estarem fechados
Eles estão assim apenas para tudo que eu vi
E então vai, e então vai
E você é único quem sabe
Então eu escolheria ficar com você
Se a escolha fosse minha
Mas você pode fazer decisões também
E você pode ter este coração para quebrar
E então vai, e então vai
E você é único quem sabe

"Somewhere" - Cançao de Leonard Bernstein

Em algum lugar....
Algum dia, em algum lugar
Nós vamos encontrar uma nova maneira de viver
Nós vamos encontrar uma maneira de perdoar
Em algum lugar
Há um lugar para nós
Em algum lugar um lugar para nós
Paz e ar tranquilo e aberto
Espere por nós
Em algum lugar
Há um tempo para nós
Algum dia um tempo para nós
Tempo junto com tempo de sobra
tempo para aprender
tempo para cuidar
Algum dia, em algum lugar
Nós vamos encontrar uma nova maneira de viver
Vamos descobrir que há uma maneira de perdoar
Em algum lugar
Há um lugar para nós
Segure a minha mão e nós estamos na metade do caminho
Segure a minha mão
e eu vou te levar lá
alguma forma
Algum dia, em algum lugar

The Heart of the Matter - Canção de Don Henley

Eu recebi o telefonema hoje
Que eu não queria ouvir
Mas eu sabia que ele viria
Um velho amigo nosso estava falando no telefone
Ele disse que você tinha encontrado alguém
E eu pensei de todo o azar
e as lutas que passamos
E como eu me perdi e você se perdeu
O que são essas vozes fora da porta aberta do amor
Faz jogarmos fora o nosso contentamento
e implorar por mais alguma coisa?
Estou aprendendo a viver sem você agora
Mas sinto sua falta às vezes
Quanto mais eu sei, menos eu entendo
Todas as coisas que eu achava que sabia, estou aprendendo de novo
Eu estive tentando descer
ao cerne da questão
Mas a minha vontade fica fraca
e os meus pensamentos parecem se dispersar
Mas eu acho que é sobre... perdão
Perdão
Mesmo que, mesmo se você não me ame mais
Ah... estes tempos são tão incertos
Há um anseio indefinido
e as pessoas cheias de raiva
Todos nós precisamos de um pouco de ternura
Como o amor pode sobreviver em uma era tão sem graça?
Ah... a confiança e a auto-confiança que levam à felicidade
Elas são as primeiras coisas que nós matamos acho
orgulho e competição
Não podem preencher braços vazios
E o trabalho que eu pus entre nós
você sabe que não me mantive quente
Estou aprendendo a viver sem você agora
Mas eu sinto sua falta, baby
E quanto mais eu sei, menos eu entendo
Todas as coisas que eu pensei que eu tinha planejado
Eu tenho que aprender de novo
Eu tenho tentado descer
ao cerne da questão
Mas tudo muda
e meus amigos parecem dispersos
Mas eu acho que é sobre... perdão
Perdão
Mesmo que, mesmo que, você não me ame mais
Existem pessoas em sua vida que vieram e se foram
Eles deixaram você para baixo, você sabe que eu feri seu orgulho
É melhor colocar tudo isso para trás, baby, a vida continua
Se você mantiver a raiva, ela vai comer você por dentro, baby
Eu tenho tentado descer
ao cerne da questão
Mas a minha vontade fica fraca
e os meus pensamentos parecem se dispersar
Mas eu acho que é sobre o perdão
Perdão
Mesmo que, mesmo se você não me ame
Eu estive tentando descer
ao cerne da questão
porque a carne vai ficando fraca
e as cinzas se dispersarão
Então, eu estou pensando sobre o perdão
Perdão
Mesmo que, mesmo que, você não me ame
Perdão (yeah)
Mesmo que, você não me ame mais

If Tomorrow Never Comes - Garth Brooks

Se o amanhã nunca chegar?
Às vezes tarde da noite
Eu me encontro acordado e observo ela dormindo
Perdida em seus sonhos calmos
E assim eu desligo as luzes e fico deitado na escuridão
E um pensamento me vem à mente
E se eu não acordar pela manha
Ela duvidaria do jeito que eu me sinto
Sobre ela no meu coração?
Se o amanhã nunca chegar
Ela saberá o quanto eu a amei?
Será que eu tentei mostrar todos os dias de todas as maneiras
Que ela é única pra mim?
E se meu tempo na terra estiver completo
E ela tiver de enfrentar o mundo sem mim
Será que o amor que eu a dei no passado
Será suficiente parar durar
Se o amanhã nunca chegar
Porque que eu perdi pessoas que eu amava em minha vida
Que nunca souberam o quanto eu as amei
Agora eu vivo com o arrependimento
Que meus verdadeiros sentimentos por elas nunca foram revelados
Então eu prometi à mim mesmo
Dizer a cada dia o quanto ela significa pra mim
E evitar a circunstância
De não haver uma segunda chance de dizer à ela o que eu sinto
Se o amanhã nunca chegar
Ela saberá o quanto eu a amei?
Será que eu tentei mostrar todos os dias de todas as maneiras
Que ela é única pra mim?
E se meu tempo na terra estiver completo
E ela tiver de enfrentar o mundo sem mim
Será que o amor que eu a dei no passado
Será suficiente parar durar
Se o amanhã nunca chegar
Então diga para aquela pessoa que você ama
Tudo o que você está pensando
Se o amanhã nunca chegar